segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Refuga

Isolamento desconexo, irreal
Sem sentido, ido e vindo
Diretamente ao meu timo,
Pulsante púrpura sanguinolento
Da rosa amarelada de sábado

Ainda ontem tomei um banho...
As lágrimas doces do inverno
Queimam de enxofre nas minas brutas...
Amo a morte como quem ainda ama a vida

Ida, Vinda, Minha, Só.

Eu fujo.
Fujo de mim para dentro de mim.
Meu refúgio é você.
Sou feliz para sempre nos trinta segundos que estou em você.
Fuga insólita, inóspita, insossa...

Quero arrancar teus olhos
Ver sua voz rosa-choque
Queimar minha boca no céu,
Mel.

Adeus, já não posso esperar.
A primavera chegou.
Um sinal me chama
Ama, Ana, cama, clama.

Fui,
Refluxo.
Refugo.
Repito.
Volto, não sei quando.

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