Tenho ouvido sempre, desde sempre, que neste árido sertão cerrado, as pessoas não querem arte para pensar, querem, de fato, apenas rir, se divertir. Rir de quê? Da miséria humana, da fome, das mazelas poucas da vida, da corrupção, da ignorância estúpida dos donos do poder? Entendi... Rir de tudo é desespero... E o meu desespero não é transformado em conformismo, mas em um ódio materializado em poesia cinética e cinestésica, é a minha arma apontada para o turbilhão em fúria que arrasta para seu centro sem nada. É minha náusea vomitada na cara daqueles que esperavam banquetear meu cérebro, meu coração e minha alma!
O que Goiás precisa é de contracultura, uma cultura adaptada à falta de boas maneiras, acostumada ao desrespeito contínuo com o próximo, das caminhonetes e dos bois não pode ser mantida. Quem não resiste rasteja!
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