Isolamento desconexo, irreal
Sem sentido, ido e vindo
Diretamente ao meu timo,
Pulsante púrpura sanguinolento
Da rosa amarelada de sábado
Ainda ontem tomei um banho...
As lágrimas doces do inverno
Queimam de enxofre nas minas brutas...
Amo a morte como quem ainda ama a vida
Ida, Vinda, Minha, Só.
Eu fujo.
Fujo de mim para dentro de mim.
Meu refúgio é você.
Sou feliz para sempre nos trinta segundos que estou em você.
Fuga insólita, inóspita, insossa...
Quero arrancar teus olhos
Ver sua voz rosa-choque
Queimar minha boca no céu,
Mel.
Adeus, já não posso esperar.
A primavera chegou.
Um sinal me chama
Ama, Ana, cama, clama.
Fui,
Refluxo.
Refugo.
Repito.
Volto, não sei quando.
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