Hoje eu morro!
Subo o morro.
Subo e morro,
ali.
Não chores.
Tudo passa.
As uvas passas.
O ônibus passa.
As ameixas passas.
Aqui dentro o tempo não passa.
O amanhã dói
Dói, dói, dói.
Dói, dói, dói.
Ontem...
O calor das palavras na boca queima o futuro,
Tão incerto quanto o meu passado. Limpo.
Água.
Água.
Agora as horas já não contam.
Tempo mudo.
Muda todo o tempo.
Vida aleijada.
O mundo pára, quebra e volta.
Gira, roda e cambaleia infantilmente...
E corro louco fugindo do tempo.
E corro louco fugindo do tempo.
Finjo minha existência.
Efêmero poeta irracional,
infinita poesia sem rumo.
Apenas o prefácio de uma estória que ninguém viu.
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