segunda-feira, 5 de abril de 2010

Desapego


A insônia, ansiosa e faminta

Come o sono dos sonhadores.

Depois , fatalmente vêm a desistência de tudo.

O Fim sempre será inevitável...


Não há como acordar bem

Quando não se dorme.

Não me sigam.

Não peço que me sigam.

Não sou o Messias dos novos tempos.


Invariavelmente o relógio continua

Sua órbita em torno de si mesmo.

O mundo se derrete na tela de Dalí.


Pelas janelas observo vago vazio

Vagões vazios,

Nos trilhos errados,

Errôneos...

Errante. Andante. Passos.


Marca-Passo.

O relógio da morte.

Agora tudo muda,

Por que a poesia acaba.

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