sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pontos cegos

Arte é mesmo algo subjetivo, apesar das técnicas, das teorias, Arte é o exercício da expressão do próprio ponto de vista. Arte é liberdade que aprisiona, amarra, fere e sara. Constrói, destrói, reconstrói e desconstrói.

Ser artista é falar o que não se deve, mesmo quando devemos falar e é necessário que se diga. Ser artista é ser. A arte é a construção do ser, e não ter. Aliás, ser ou não ser? A arte regenera, responde a tudo e inventa milhares de outras dúvidas. Escuro esclarecido, mórbido nascimento. Arte é ser Deus. Deus é criação. Arte é concepção.

Imagem e semelhança. Amor. Dor. Ser artista é esquecer de si mesmo e vangloriar-se de existir. É ser lenha do fogo da criação, pois a arte está acima de tudo, o artista é apenas o combustível, do qual o mundo não se movimenta sem. a Arte é mais importante do que o petróleo que nos patrocina, pois o automóvel não existiria sem o homem que também não existiria não fosse o outro homem que não existiria não fosse a mulher, que nenhum deles existiriam não fosse a arte.

Não há vida sem arte. A vida até existe sem arte, mas o sangue não corre e nem coração pulsa sem arte. Arte é prática. A prática é apenas teoria. A teoria é minha. Não é receita, é apenas um ponto de vista. E todo ponto de vista é a vista de um ponto. Ponto de interrogação.Talvez reticências reticentes, a arte tem sempre algo a mais para dizer, e que talvez não vamos compreender.

Arte não é educação. Arte é má-educação, arte é um corte abstrato no olho da humanidade cega, com suas facas e fés amoladas. Arte é mola propulsora. Um sim dotado de nãos que representa talvez. talvez a arte não exista, e nem eu.

Texto prolixo. Texto "pro" lixo. Escarro, vômito, caganeira, náusea. O fim do início, onde os meios não justificam os fins, mas nos faz compreender que viver não é necessário, o que é necessário é criar.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Just wanna be alone

Só, suspiros.
Chiados, espelhos, livros.
Trisco. Cisco, Careca, Frida, Baratas
Queimam no Sol de Porangatu.
Monólogos paralelos...


Abaixo um trecho de um texto de Pedro Bloch sobre o seu monólogos "As Mãos de Eurídice":


"Mostro o homem redoma, o homem isolado, o homem monólogo de nossos dias.
O homem de hoje não procura solução para os seus erros.
Limita-se a encontrar justificativas para continuar errando.
Não procura remédios, mas entorpecentes.
Uma vez encontradas as justificativas, ele restabelece um pseudo-equilíbrio emocional e persiste no erro até o momento em que se encontra só, absolutamente só, isolado em sua angústia, ilhado em seu desespero."